sexta-feira, 31 de outubro de 2014

COMPOSITOR E INTÉRPRETE


Existe uma relação delicada entre compositor/autor e o artista que executa/receptor. Quais são os aspectos que merecem nossa atenção?

Uma entrevista com Lang Lang jovem pianista chinês, com mais de quinze anos de carreira de sucesso pelo mundo e que esteve recentemente no Brasil, nos conta como acontece essa relação para ele.

O jornalista João Luiz Sampaio pergunta: "À medida que amplia seu repertório, você sente que estabelece novas conexões entre os compositores e suas obras?"

Lang Lang indica inicialmente uma relação física de que participa o instinto: "É como uma enorme rede biológica. No começo você aprende Bach, Mozart, Beethoven. Mas você não consegue realmente entender a conexão entre eles, é difícil compreender, quando se é muito jovem, uma sonata de Beethoven." Segundo ele, as peças do período romântico (Chopin, Liszt, Rachmaninoff) "são mais fáceis, não em termos técnicos, mas espiritualmente, digamos. O instinto aqui, fala mais alto".

Depois dessa fase haveria, segundo ele uma necessidade de "conhecimento": "Só que, com o tempo, o instinto não basta e você começa a sentir falta de conhecimento, de aprender a música de outra forma, analisá-la, encontrar sentido no que você está fazendo."
Entre essas duas fases haveria uma passagem temporal, pois "Quando se é jovem demais, não há direção."

E ele termina: "Como intérprete, você precisa entender o que está tocando e por que está tocando e por que está tocando desse ou daquele jeito. E aí você sente a necessidade de voltar a Bach, Beethoven. Só que ao fazer esse retorno, você já sabe melhor onde quer chegar, qual o seu foco. Quando se é jovem demais, não há direção. E depois de entender melhor Mozart, você passa a ver Beethoven de outra forma, e depois Brahms, Schubert, e assim por diante. Aí a conexão fica clara."

Podemos dizer que há intervalos físicos e temporais entre compositor e intérprete. A rede biológica que ele cita seria uma dificuldade física a ser superada, uma diferença para se chegar ao compositor. A conexão entre eles se faria apenas a partir de certo conhecimento em que entra o tempo e naturalmente a maturidade do músico intérprete. Uma gradação na experiência do executante/receptor para bem realizar sua tarefa.

Essa mudança de foco no intérprete representa um salto de qualidade na leitura da obra musical.

Podemos ampliar a compreensão e imaginar que muitas de nossas experiências poderiam passar por esse crivo.

Mas, dependerá de nossa capacidade de observação e de avaliação de nossas atitudes.

Essa qualidade poderia fazer parte de nossa leitura do mundo, que seria assim enriquecida.

Muito linda é essa personagem da arte, esse jovem pianista que nos empresta sua aprendizagem.     


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A MAGIA, SEGUNDO WOODY ALLEN

A crítica disse que o filme era fraco dentre os outros do seu diretor. Mas era Woody Allen. Você sabia que aos quinze anos, ele já tinha começado a escrever para colunas de jornais e programas de rádio? Sua obra é extensa e variada. Sem culpa, me dei o tempo para ver qual é a magia que vem do luar, segundo ele. Descobri que nesse filme há mais de um tipo de magia. O próprio cinema é magia. Saiba mais lendo o texto a seguir.


O CONFLITO NARRATIVO

You do something to me 
Something that simply mystifies me //
You have the pow'r to hypnotize me 
Let me live 'neath your spell
Cole Porter

Stanley (Colin Firth), que interpreta o famoso ilusionista chinês Wei Ling Soo, é mestre em identificar charlatões. Ele é convidado por Howard, amigo de longa data, a desmascarar uma jovem com poderes mediúnicos que encantou uma família rica e também o jovem herdeiro Brice que está apaixonado por ela. 

Ele topa a parada e conhece Sophie (Emma Stone) que tem beleza ingênua, inteligência e sagacidade  a ponto de se sustentar calmamente perante sua presença desafiadora. 

Enquanto o noivo caricato canta canções em seu ukelele, Sophie desenvolve as sessões mediúnicas agradando a senhora matriarca da família. E Stanley fica intrigado com os poderes que ela demonstra.

O lindo cenário do sul da França e a beleza da fotografia não escondem a discussão filosófica que se desenrola à la Woody Allen. Tiradas imprevisíveis, provocações, ironias leves e cômicas. As perguntas passam por este tema: existe mais do que o mundo real em que vivemos? 

As duas personagens centrais servem de apoio para o debate do tema. 

Ele é crítico, perfeccionista e sarcástico, não se preocupando em ser antipático, aceitando-se como arrogante. Confessa o bom senso e a lógica como prioridade. De acordo com o diagnóstico do psicanalista-personagem, Stanley é homem depressivo e infeliz. 

Por sua vez, Sophie nasceu em cidade pequena americana. Descreve-se de forma objetiva e simples: teve uma infância difícil com a mãe e desde cedo aprendeu a sobreviver. O que ocorre com um pragmatismo eficiente. 

Esses são os dados básicos a partir dos quais a história se delineia.  

MAGIA AO LUAR

A infelicidade humana é inexorável para o cético e ranzinza Stanley. Porém no contato com Sophie, acontecem mudanças. Aos poucos, há aberturas para novas atitudes. Depois da surpresa dos primeiros momentos com Sophie e da noite sem dormir, em crise e ao som de Beethoven, ele se permite viver alegria. Clarões de otimismo começam a habitar seu mundo e o vemos com um sorriso nos lábios. Observamos momentos de suspensão em seu ceticismo.

Nesse namoro com o otimismo ele é até visitado pelo poder da fé quando a tia querida passa por um acidente grave, submetendo-se a intervenção médica. Como não ser crédulo em um momento de muita dor e iminente possibilidade de perda? Stanley inicia então um diálogo com Deus (quase uma oração em voz alta) que dura o tempo de umas poucas frases. No meio de uma delas, ele para. Irritado pelo deslize, recomposto após essa experiência de delírio, ele volta a seu estado natural de racionalista convicto. Para quê buscar a esperança onde não há?  

A narrativa entra e sai do ceticismo. Esse balanço cria um movimento de suspense. Stanley continuará cético? Sua resistência sucumbirá à presença de Sophie? 

Mas a cena mais importante do filme não é esse diálogo de Stanley com Deus. Depois de tomarem chuva, ambos se protegem em um observatório astronômico. Quando a chuva passa, ele se lembra de abrir a cúpula para olhar o céu. Para ele, olhar o céu é amedrontador. Para ela, é romântico. Por que motivo o tamanho enorme do mundo o assustaria? 

Eles olham pela abertura do observatório onde se vê a lua, fina e delicada. Não é necessário mais do que essa pequena fresta para adivinhar todo o imenso céu e sentir a magia do luar. 

Depois do contato com a médium, mesmo se Stanley não chega a acreditar em outro modo de pensar a existência humana, se continua resistente em seu ceticismo, sua vida nunca mais será como antes. A inteligência racional não o defende do amor. Sophie tem o charme da beleza. Será isso? Como explicar o feitiço do amor?


REALIDADE, MÁGICA E MISTÉRIO

A magia está presente no título do filme e perpassa toda a narrativa. A palavra inglesa magic ganha em português pelo menos duas traduções: magia e mágica. Além dessas palavras temos outras ligadas a essas: encantamento, fascinação, atração, mistério. Cria-se um campo semântico especial ligado a esses significados. A narrativa se divide: ceticismo e realidade? Ou magia e mistério de Deus? A racionalidade é suficiente para explicar a vida?

Parece-nos que tais questões fazem parte do repertório de Woody Allen em muitos de seus filmes. E há também a magia do cinema que ele sabe utilizar para contar histórias. O ofício do cineasta é ser ilusionista nos levando a um mundo mágico de luzes e sombras em que tudo pode acontecer. Ele é um ótimo ilusionista pervertendo a realidade, transbordando limites dela, surpreendendo-nos com verossimilhança em todas as situações. Como não acreditar em suas histórias?

E como o próprio Stanley, talvez Woody Allen continue o cético e pessimista de sempre, mas seu alter ego nesse filme - a querida tia de Stanley- diz para o sobrinho: O mundo pode ter ou não ter lógica, mas não é ausente de mistério. Essa magia não é a arte do mágico chinês de Stanley ou a dos truques de Sophie. A tia talvez esteja falando de níveis imponderáveis da vida entre os quais se inclui o amor.

Permanecemos com dúvidas e com incoerências difíceis de explicar, mas com uma sensação de que algo fechou bem. As amizades não se desfizeram apesar das traições, as pessoas não sofreram apesar das mudanças de trajeto e abandonos. O diretor salva a história. Ele só não consegue apagar o retrato da natureza humana com suas misérias e precariedades.

Esta comédia chega a um happy end quase improvável. Se houve frustração em algum telespectador, não foi sem um aviso lá no início do filme, com o jazz impecável de Cole Porter, a respeito de um feitiço que aprisiona. Não teria sido um convite para entrarmos na sedução do cinema?  

Talvez tenha sido uma escorregadela do diretor falando do amor que faz da vida um local de magia. Mas, sem dúvida, trata-se de um imperdível, solar e lindo filme romântico. 


PS 1: Das resenhas que eu li, indico a de Isadora Sinay:http://www.posfacio.com.br/2014/08/28/critica-magia-ao-luar/



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

COLE PORTER, O MÚSICO


A primeira música da trilha sonora do filme de Woody Allen (Magia ao Luar) é do Cole Porter (You do something to me).

A peça "Anything Goes" escrita em 1934, com a trilha sonora de sua autoria, iniciou temporada em abril de 2011 e ainda está em cartaz na Broadway, em Nova York.

E no jornal O Estado de S.Paulo de 12 de outubro, li a notícia do lançamento de um trabalho de John Wilson Orchestra "Cole Porter in Hollywood" , que embora não receba elogios do crítico João Marcos Coelho, merece seu comentário pelo autor homenageado.


Essas citações têm por objetivo ressaltar o valor do músico Porter, ainda tão presente no cenário musical de hoje em dia, cinquenta anos após sua morte (1964).O músico tem em sua história mais de 800 canções e segundo o crítico ao menos uma centena delas é "ouro puro".

Então, quem é Cole Porter? Diminuindo a dimensão da pergunta: como se apresenta a qualidade artística desse músico no seu mapa astrológico?

Ele começou seus estudos de música com seis (violino), aos oito (piano) e aos dez (com a ajuda da mãe) escreveu sua primeira opereta. Essa mãe foi atenta a sua vocação e o incentivou. Assim, ele desde cedo fez seu caminho e desenvolveu uma sólida formação musical. Foi um gênio lapidado. Talvez por isso se mantenha presente ainda hoje em dia.

João Marcos Coelho diz que ele compôs "música complexa com letras refinadas", e segundo outro crítico, David Schiff, sua "melodia é altamente cromática e a harmonia mistura o tempo todo os modos menor e maior, remetendo a Schumann e Brahms"/.../ "soa como simples canção, mas tente encontrar as notas e os acordes no piano".

Como podemos perceber por esses comentários, ele desenvolveu uma música com características especiais.  

Apesar de não termos o horário de seu mapa natal, utilizamos  como ponto de partida nesta rápida avaliação o repertório do Astro-databank, e seguimos o desenho que esse site aceita como adequado (diminuindo um pouco as órbitas dos aspectos). 

O que inicialmente chama a atenção é a presença dos três signos indicadores de vocação artística: Vênus e Mercúrio em conjunção (Touro), Júpiter em Peixes e Urano em Libra. Ou seja, não lhe falta sensibilidade artística. Nem humana, pois tem Lua em Câncer (generosa presença da mãe).

O regente do signo do Sol (Mercúrio) no signo de Touro em conjunção com Vênus (domiciliado) marcariam a busca de expressão efetiva (signo de terra) e esteticamente refinada de seu talento.

A curiosidade estaria ao lado dele o tempo todo (Sol, PLutão , Netuno e Caberça do Dragão em Gêmeos). Com Urano em quadrado com a Lua, ele era um tanto impulsivo, mas também inovador e solitariamente inquieto.

Uma ênfase em signos mutáveis pode indicar a rica e fecunda produção de seu talento, a partir de uma imensa inquietação e entusiasmo (Sol em Gêmeos em quadrado a Júpiter em Peixes). Levando em conta o outro quadrado do Sol a Saturno (formando um T-quadrado), supomos que esse Sol teria lutado muito para se expressar. Mas é em signo mutável e ele encontraria modos de o fazer.  
A ênfase no elemento Ar e essa qualidade Mutável desenham o perfil de seu mapa. Houve muito movimento em sua atuação artística e ele não deixou de compor a não ser muito no final de sua vida.

As qualidades enumeradas de seu estilo como a “melodia cromática” e a complexidade refinada de suas letras seriam a expressão da conjunção Plutão e Netuno em Gêmeos o que conferiria essas qualidades diferenciadas e o tom intelectual intenso na qualidade de sua composição musical.

O Nodo Norte junto à conjunção Plutão e Netuno em Gêmeos pode indicar um chamamento de vocação para desenvolver um papel em sua geração, um impulso que viria de um nível sensível. Sua revolução viria pela linguagem da sensibilidade e da inspiração.

Apesar de partirmos dos poucos dados citados no início deste texto, este rápido levantamento pretende nos convidar para uma reflexão a respeito do talento desse músico tão especial. 

Que sobre aumentada a curiosidade em relação à música de Cole Porter!  

 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O ECLIPSE: UM MERGULHO EM NÓS ATRAVÉS DO OUTRO

Pelas 11h de amanhã (dia 23) o Sol entra no signo de Escorpião. Ás 20h segue-se-lhe a Vénus e uma hora depois a Lua também faz a sua entrada neste intenso signo de transformação.

E é então aqui, na porta de entrada de Escorpião, que se dará o eclipse solar pelas 21h.

Decidi deixar aqui um apontamento à cerca deste acontecimento pois julgo que ele é bastante simbólico no contexto das últimas semanas.

Desde a entrada do Sol em Balança e do eclipse lunar de dia 8 de Outubro, que as relações interpessoais nos têm desafiado na procura de harmonização com o outro. A cooperação e a partilha têm exigido grande disponibilidade para nos ajustarmos ao que nos é reflectido por parte dos outros. 

Neste jogo de espelhos, discernir o que é a nossa imagem e o que sobre nós é projectado do exterior tem sido tarefa árdua. Mas, passo a passo, vamos ganhando definição, à medida que aprendemos a devolver, reflectindo o que não nos pertence e a tomar posse daquilo que nos é devolvido pelo outro na sequência de sobre ele projectarmos as nossas questões.

Muita tensão tem por isso sido gerada, "electrificando o ar" com carga estática.

É assim, em carga máxima que entramos em Escorpião. E agora é chegada a hora de partir os espelhos e fazer face ao outro, despidos de máscaras ou artefactos, olhos nos olhos, onde, na intensa profundidade desse olhar, nos encontraremos mutuamente.

Penso ser esta a proposta deste eclipse: mergulhar profundamente em nós através do outro.
Como sempre, a casa do nosso mapa natal* onde este eclipse recai, assim como os planetas que poderá activar por conjunção e/ou oposição, mostra-nos o que este evento simboliza no nosso universo pessoal. Verifique portanto em que casa tem o grau 0º de Escorpião e se tem planetas perto desse ponto ou do grau 0º de Touro.


Fonte: Astrólogo Jorge Lancinha

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ABORDAGEM ORGÂNICA PARA OS PLANETAS - COMO NOS RELACIONAMOS


Não percam o encontro com Robert Hand dia 28 de novembro no Rio de Janeiro. Ele é astrólogo, tradutor, escritor de vários livros que marcaram gerações de profissionais e recebeu o prêmio pela obra de sua vida no United Astrology Conference (UAC)em Denver/EUA em 2008.

Robert Hand fundou o "Archive for the Retrieval of Historical Astrological Texts " (Arhat), em 1997, um arquivo que publica traduções de textos antigos e medievaisrelacionadas com o estudo/clássico/medieval antigo da astrologia. A ARHAT Media Inc. e a Biblioteca Robert Hand abrigam hoje os textos originais e traduções de dezenas de astrólogos/astrônomos, filósofos e cientistas antigos, clássicos e medievais.

Iniciar esse trabalho de tradução e resgate de textos antigos talvez seja o maior valor de tudo o que ele tem feito na astrologia, além de seu compromentimento com o estudo contínuo, fundamento de suas ideias e teorias. 


Alguns de seus livros :

Planets in Transit: Life Cycles for Living. (1976);Planets in Composite: Analyzing Human Relationships. (1975);
Planets in Youth: Patterns of Early Development. (1977);
Essays on Astrology (1982); Símbolos do horóscopo (1981);

Este último livro nos mostra a teoria básica da astrologia a partir de reflexões e questionamentos e não somente como um receituário a ser aplicado.

Vale a pena acompanhar Robert Hand em suas colocações para entender os símbolos do horóscopo. 

No workshop de novem bro próximo haverá tradução simultânea.

Mais informações : http://simposio2014.sinarj.com.br/workshop/


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

AS PALESTRAS NA IX JORNADA GAÚCHA EM PORTO ALEGRE

A intenção de mostrar um pouco do conteúdo das palestras é divulgar o trabalho dos colegas.

Foram trabalhos criteriosos e seus autores poderão ser contatados para eventuais trocas de dados e complementações que sejam necessárias.
 
Apresentarei de forma sintética o conteúdo daquelas que eu pude presenciar por inteiro.
 
Na sexta -feira à noite, dia da abertura do evento, Alexis Falkenbach discorreu sobre um caso astrologia empresarial e astrocartografia.  

Ele acompanhou a história de uma empresa de comércio varejista de sapatos de forte presença no estado do RS.

Elaborou os mapas da empresa e de seu dono. Fez considerações a respeito dos problemas e sucessos da empresa relacionando-os com o perfil de seu dono.

Aplicou nesse estudo técnicas de astrocartografia para analisar a abertura das várias lojas: as que deram certo e as que apresentaram problemas.
 
 Na manhã de sábado assisti à palestra da Celisa Beranger, "O Mapa da concepção, outra dimensão do mapa natal".  Depois de um levantamento bibliográfico em que ela explorou o conceito de mapa da concepção, Celisa indicou um dos aspectos mais importantes de sua palestra: Qual é o mais importante, o mapa do nascimento ou o da concepção? Segundo ela, ambos se complementam.
 
O mapa da concepçao pode ser utilizado para questões de saúde e são utilizados também em pesquisa com mulheres que tenham problemas para engravidar e que queiram escolher o sexo do bebê.
 
Zuleika Jardim em "Saturno e o processo de individuação" falou a respeito da relação entre o Sol e Saturno identicando nas fases desse ciclo os passos do procedsso da individuação de Jung.
 
À tarde, Lúcia Torres elaborou  "Ponteiros kármicos- yods e quíron em astrologia da saúde".  Ela marcou a importância dos aspectos formadores do Yod e do ponto de equilíbrio que seria o signo de Libra, arquetipicamente, o Vênus também.
 
Fernando Fernandes deliciou os presentes com " Dançando com os lobos e cantando na chuva" em que analisou a mudança dos estilos na música roqueira e brasileira. Ele analisou por décadas (desde 1950) a passagem dos planetas lentos de um para outro signo, sendo tal mudança a responsável por novidades no ritmo e no tom da música.
 
 Nivaldo Pereira em "Do jeitinho à malandragem - reflexões astrológicas sobre o conceito de homem cordial" analisou a imagem que o brasileiro tem de si mesmo e a partir do olhar estrangeiro (pesquisa feita na época da Copa do Mundo de 2014). Discorreu sobre a bibliografia a respeito do "homem cordial" e finalmente analisou o mapa do Brasil.
 
Carlos Fini em "O efeito Shnoll e a astrologia" indicou descobertas científicas (que apresentam intervalos regulares de aparecimento) que se relacionam com os ciclos temporais dos planetas o que pode provar a eficácia da astrologia.
 
Não houve intenção de esgotar o evento. Quem quiser o contato com os palestrantes, entre em contato comigo ou diretamente com a organização do evento.
 
Por último, fica o convite para que os colegas interessados se planejem para presenciar o próximo!
 

domingo, 12 de outubro de 2014

JORNADA DE ASTROLOGIA EM PORTO ALEGRE

Em Porto Alegre, da janela do quarto em que me hospedo,  vejo o Rio Guaiba imenso e em paz. Tudo me lembra que estou nos pampas, terra do chimarrāo.

Vim para cá, neste  final de semana (de 10 a 12 de outubro) para acompanhar a IX Jornada Gaúcha de Astrologia e Transdisciplinaridade.

O evento reuniu cerca de sessenta pessoas em clima de atenção à palestras que versaram sobre Astrologia Empresarial, Yods, mapa da concepção, Saturno e o processo de individuação entre outras.

Houve também o lançamento do livro "Astrologia no paralelo 30 Sul", que reúne cerca de dezoito artigos de alunos do curso de formação e de palestrantes das jornadas ao longo que têm sessenta repetido esses anos todos.

Mas, outro acontecimento é digno de nota e comemoração: o aniversário de dez anos do Programa de Estudos Avançados em Astrologia, iniciados em 22 de março de 2004.

Voltado aos  estudo e pesquisa em astrologia, tal programa também se preocupa com a formação profissional do astrólogo.

Parabéns a todos que construíram uma década de trabalho consistente de que se pode já ver os frutos!

A coordenação de Lúcia Torres e uma equipe afinada organizaram um evento de qualidade que só enriquece a astrologia do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Em próxima notícia,  falarei de algumas palestras dessa jornada.

Volto à janela e busco o estádio Beira Rio à esquerda, iluminado de cor de rosa porque estamos no mês de outubro.

Ana González


Confira mais informações sobre a IX Jornada Gaúcha de Astrologia e Transdisciplinaridade: http://unipazsul.org.br/modules/xnews/article.php?storyid=38

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A ORDEM NO MUNDO E O SIGNO DE VIRGEM

Eu sempre me perguntei o motivo pelo qual os virginianos são caracterizados como organizados, adeptos a rituais e perfeccionistas.

Liz Greene no livro A Astrologia do Destino, discorre a respeito do signo de Virgem e das complexidades mitológicas de sua representação. 

Uma das figuras relacionadas a ele é a deusa grega Astréia. Depois de viver um tempo na Terra, desgostosa com o que viu, ela se retirou aos céus como a constelação de Virgem. Por isso ela guarda aspectos terrenos segundo Liz Greene: “Parece que ela é uma imagem da ordem intrínseca da natureza, e seu desgosto pela humanidade é uma imagem mítica da tradicional aversão de Virgem pela desordem, pelo caos e elo desperdício de tempo e matéria.”

A astróloga segue falando que no reino de Astreia tudo tem sua hora e seu lugar, “toda forma natural do universo tem seu respectivo ciclo e valor. Não é surpreendente, com um "daimon" desses presidindo o signo, que Virgem se incline ao ritualismo e a uma visão da vida em que é preciso restaurar a “justiça”.

A palavra "daimon", que se relaciona à palavra demônio, pode ser apresentada nos tempos atuais com uma conotação negativa que não havia na Antiguidade. Designava todos os seres divinos ou semelhantes a eles por algum poder. Por extensão - e tentando interpretar da melhor maneira a frase acima de Liz Greene -, compreendemos daimon  como “espírito”, “energia” ou “atmosfera” que se incorporou ao signo por influência da deusa Astreia.

Daí que, como consequência dessa busca por uma ordem e “justiça”, o virginiano seja inconformado e crítico com a desordem do mundo.      
Respondidas as dúvidas, vida longa aos virginianos!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DE LEITURAS E DE LUCIDEZ

Veríssimo diz na coluna do Estadão, no dia 28/09: "Na Renascença ninguém disse "Oba, estamos na Renascença!". Vivemos para a frente, mas entendemos  para trás e só sabemos o que nos aconteceu "lendo" o passado. E, ás vezes, lendo errado."
 
E ele nos oferece exemplos de enganos. Nos anos vinte, pós ressaca da primeira guerra, nasceu o fascismo. Nos anos 50, aparentemente sem graça, nasceram filosofias e movimentos de arte e o rockenrol. Nos anos 60 e 70, jovens faziam sua revolução particular e o conservadorismo tomava o poder. 
 
O escritor, então, nos pergunta:"Quando fizerem a leitura da época atual, qual será a conclusão errada?"
 
Não é fácil aceitar isso. Ele já parte de que erraremos na interpretação dos fatos.
 
Sim, nos enganamos na compreensão de nossa época, de nosso contexto.   
 
Nos enganamos de várias formas nas leituras de tudo. 
E ainda concordando com ele, possamos nos perguntar também, por que motivo nos enganamos? 
 
Ou, em caso de mais humildade de nossa parte: temos esperança de alguma lucidez?
 

sábado, 4 de outubro de 2014

POR QUE MOTIVO OUTUBRO É COR DE ROSA?

Monumentos e prédios pelo mundo se colorem de cor de rosa em outubro. Corridas pelas cidades são organizadas, palestras,  fitas e laços, panfletos cor de rosa. Mas, tudo isso de onde veio?  Alguma homenagem?

E eu só sabia que Outubro Rosa fazia referência a uma campanha a respeito do câncer de mama. Porém,  atrás de tudo isso há uma história triste e bonita ao mesmo tempo.

A iniciativa veio de uma mulher, Nancy Goodman Brinker, que perdera a irmã Susan por causa do câncer de mama em 1980, após anos de muita luta. Em 1982, criou a Fundação Susan G Komen for the Cure, com o objetivo informar, subsidiar pesquisas e providenciar ajuda financeira e emocional a suas portadoras e familiares. A primeira corrida de rua foi organizada emm1990 em Nova York como uma alternativa para arrecadar fundos. Hoje se multiplicam pelo mundo, ao lado de outras ações para a conscientização do problema.  

Superando a dor de sua perda, Nancy construiu uma corrente de ação positiva na luta contra a doença.  Ações como essas estimulam outras e nos fazem acreditar na vida.

 O mapa astrológico de Nancy Brinker (6/12/1946, Peoria, Illinois, EUA), em análise breve por causa da falta do horário de nascimento, nos mostra uma idealista ativa e guerreira cheia de energia (conjunção de sol e marte em sagitário). Além disso, indica uma disposição de inovar (urano em oposição ao sol) e não se contentar com o estabelecido. Tem capacidade de entrar profundamente em seus questionamentos com força de vontade intensa e determinação (sol em trígono plutão e saturno). E ainda, a capacidade sedutora de reformas, pesquisa  e comunicação (mercúrio, júpiter e vênus em escorpião). Poderosa.


Ela é adorada por muitos, criticada por alguns, mas ninguém pode negar o sucesso de sua campanha na direção da cura e do respeito pelas mulheres.  


A escolha da cor rosa e do mês de outubro (signo de Libra, regido por Vênus) são felizes por lembrarem o universo feminino. Neste ano, no mês de outubro, esse planeta está passando por esse signo, o que nos dará força para o movimento de cada uma de nós, mulheres,em direção a essa campanha. Que cuidemos de nós mesmas e das mulheres à nossa volta.    

O Cristo Redentor estará iluminado de cor de rosa, assim como a Ponte Estaiada em São Paulo.Em cidades pelo Brasil e pelo mundo, a iluminação cor rosa lembrará a todos  de uma luta que tem que se fazer barulhenta e diária contra uma doença silenciosa e mortal. 

Susan G. Komen Breast Cancer Foundation    http://www.komen.org



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

AMAL E CLOONEY, RAZÕES PARA CASAR

Sou fã dele e o acompanho por suas ações e trabalhos no cinema e na propaganda. Foi casado com a atriz Talia Balsam, de quem se divorciou em 1993. Uma suposta aposta feita com uma amiga de que não casaria mais acirrou minha curiosidade. O que teria feito o bonitão mudar de ideia? Casar implica levar a vida junto, é decisão em geral séria.

Li as notícias de seu casamento procurando os motivos. Não me parece que Amal (linda mulher) seja mais linda do que as outras namoradas que ele teve nos últimos anos. Todas poderosas. Nem que seu sucesso pudesse ser um diferencial importante. Seria melhor companheira na cama? Acho que ele é mais inteligente do que isso.

Até que um dia encontrei argumentos para uma hipótese interessante: ambos são dedicados a questões de direitos humanos e cidadania. Isso poderia ser um diferencial que daria sustentação para o projeto de vida a dois.

As datas de seu nascimento talvez tenham me dado a confirmação dessa ideia. Os mapas astrológicos observados de forma bem básica me oferecem dados que ratificam o interesse comum pelo social.

Ele nasceu em 6 de maio de 1961 em Lexington, Kentucky, EUA. Ela, em 3 de fevereiro de 1978, Beirute, Líbano. Entre os inúmeros aspectos dos mapas, e sem o horário que é decisivo para fechar conclusões, marcamos apenas alguns aspectos em ambos os mapas: a presença de Aquário, Urano e Netuno.

Rapidamente em linguagem de astrologuês (se não entender pule este e o próximo parágrafo), aí vão os dados.  Ela tem Sol e Vênus em conjunção (Aquário) em quadrado com Urano. Tem também Lua em conjunção com Netuno (Sagitário).

Por sua vez , ele tem Sol e Mercúrio em conjunção (Touro) em quadrado com Urano.  E Lua em conjunção com Júpiter (Aquário). Saturno participa dessa conjunção, em Capricórnio.  Por sua vez, ele tem o Sol em oposição a Netuno.

Ambos partilham das mesmas necessidades de independência pessoal e se ligam às questões coletivas (Aquário e Urano). Que o aguadeiro divino os abençoe. Ambos também experimentam desejos de um grande idealismo, sofrem de apelos em direção ao lado sensível de Netuno. Que as insatisfações com a realidade material os conduza sempre à busca do melhor.

Eles estão vivendo um sonho pessoal. Começam uma vida a dois, com uma bagagem de ideais e afinidades que poderão alimentar positivamente a relação cotidiana. São essas algumas boas razões para eles terem decidido pelo casamento.

Que sejam felizes na vida a dois!  Que eles possam exercitar suas afinidades em clima de amor sempre renovado!