segunda-feira, 20 de julho de 2015

OS MUSEUS SE PENSAM



Aconteceu em junho último o seminário Políticas da mediação, no Museu de Arte de São Paulo (MASP). A intenção foi reunir pessoas para pensar questões relacionadas as ações dos museus.  
Como visitante e amante de museus em geral, fui lá ver do que se tratava. Os debates indicaram que as mudanças a que assistimos em tantas áreas de nossa época chegaram aos museus. Eles se preocupam com sua atuação nas sociedades de que participam. Eles se pensam!
Tais preocupações com suas relações com o público, mobilizam seus responsáveis e, especialmente os departamentos educativos, que foram mobilizados para investigar a articulação entre suas práticas artísticas e a mediação intercultural.
Claro que as questões econômicas entraram no rol dos temas em debate. O que o departamento educativo de um museu representa economicamente: despesa ou receita? Financiamento, patrocínio, sustentabilidade e a profissionalização do educador estiveram na pauta. 
E outras reflexões foram feitas. O que mais é possível além das visitas individuais ou de grupos? Como elaborar práticas tais como ateliês, oficinas e seminários, a fim de permitir a colaboração do público de forma mais ativa?  
Foi momento de os educadores e administradores dos museus se perguntarem: o que resta de nossas ações? Qual é a importância dos registros, formas de avaliação e documentação, e das publicações e arquivos das visitas?
Fiquei de lado, participando das sessões de avaliação  e observando que debates como esses poderão fazer os museus voltarem a ocupar o papel que lhes cabe na cultura.
Eles se inserem no quadro das humanidades. Necessárias hoje em dia.
O público tem feito filas enormes para ver exposições nos últimos tempos. Esse é um fenômeno interessante.
E o debate no MASP talvez seja uma resposta a essa demanda por perceber que estão abertas oportunidades. Agora é a hora de mudanças importantes na atuação dos museus para ratificar eficientemente a nova necessidade do público.
Duas perguntas finais:
Você leva a sério o livro de assinaturas nas exposições e museus que visita?
O que fica com você quando vai a uma exposição?
PS. Representados nesse evento, o Museu de Arte Moderna da Bahia (transformado no Museu-escola Lina Bo Bardi), a Fundación Museos de la Ciudad, de Quito (Equador), o Instituto Inhotim (Minas Gerais), o Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro), espaços culturais de Natal (RN), do ABC/ SP entre outros e muitos interessados em espaços de arte e museus.
Aproveite as exposições de Joan Miró no Instituto Tomie Ohtake até 16/08 e Kandinsky no CCBB até 28/09, em São Paulo /para citar somente dois eventos culturais.

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