
Por outro
lado, já ouvi muitas vezes que aquilo que imaginamos ter sido criado num
minutinho, com a maior facilidade, na realidade é fruto de muita transpiração e
só um tiquinho de inspiração. Não sei.
Só sei que,
ficar frente a uma folha em branco, que na realidade não é mais uma folha e sim
uma tela em branco, é assustador. Nesse
momento nos damos conta que a nossa mente é um turbilhão de ideias
desconectadas umas das outras e que, se não tivermos algum método, nenhuma
delas vai pular para o papel.
Ainda outro
dia li uma entrevista do Antonio Prata, cronista dos mais renomados, em que ele
comenta que, para escrever uma crônica, demora dois dias. Entre organizar as ideias, ajustar, ajustar,
ajustar, e dar o trabalho por concluído.
Dois dias!
E eu aqui
querendo escrever algo interessante, bem feito e divertido em apenas 15
minutos. Quem eu penso que sou? Algum gênio da escrita, um psicógrafo ou a
reencarnação de algum escritor renomado?
Nada disso, sou apenas um alguém qualquer tentando fazer alguma coisa bacana
que não dê muito trabalho. E,
naturalmente, esperando um ótimo resultado.
Esquece, não
é mesmo? O jeito é tratar de arregaçar
as mangas e começar a colocar as ideias no papel. E torcer para que elas se aprumem e formem
sentenças, depois parágrafos e, enfim, uma história que não me faça passar
vexame.
Autor: Luiza Bueno - Agente de Turismo
Esta crônica foi produzida durante o curso "A Crônica: conhecendo e escrevendo. Cotidiano, experiência e criação" no espaço Gaia Cultural em São Paulo/SP, durante os meses de Maio e Junho de 2014.
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