sábado, 21 de maio de 2011

WERNER HERZOG E O DOCUMENTÁRIO SOBRE O PALEOLÍTICO

                                                                           
Li a notícia do último filme de Werner Herzog, que já fez Fitzcarraldo (1982) e Aguirre, a cólera dos deuses (1872), entre outros mais recentes.
Trata-se de A Caverna dos Sonhos Esquecidos, documentário realizado na Caverna de Chauvet, na França, que contém exemplares de arte rupestre paleolítica.

Claro que nos perguntamos, em seguida, o que ele quis ali, nesse lugar que foi recentemente descoberto (1994) e ficou cerca de 30 000 mil anos selado, guardando as espécies de  registros mais antigos criados por humanos. Ele confessou ao repórter que tem fascínio pelo tema desde jovem.


Fala mais: " Esse é o nascimento da alma humana moderna. É espantoso haver um eco cultural tão distante que parece se estender até nós.  Em Chauvet, há a pintura de um bisão abraçando a parte inferior de um corpo feminino nu. Por que Picasso, que não sabia da caverna, usa exatamente o mesmo motivo em sua série de desenhos do Minotauro e a mulher? Muito estranho. "



Concordamos com você, Werner, muito estranho mesmo.


Ainda diz adiante: "É preciso ativar a imaginação do público e o filme cola em você como se você mesmo tivesse estado na caverna."
Certamente, ele se transportou para a época paleolítica, viveu o impacto dessa descoberta.

De sobra, nós ganhamos a obra de cinema que busca mobilizar nossa imaginação, cedendo à tecnologia 3D, por ser "imperativa nesse caso", diz ele se redimindo.

Não duvidamos de nada, Werner! Esperamos pelo documentário, com ansiedade. 

                                                                                                                                                                                                                                                          
                 
                                                                    

9 comentários:

  1. Uau, que blog lindo....que bom gosto...visualmente, um show.

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    1. Que comentário generoso! Nem respondi... desculpe-me. Naquela época talvez eu ainda estivesse aprendendo o difícil caminho da tecnologia. Ainda hoje, peno. Obrigada! Recentemente abri um canal no YouTube para cinema. Gosta? Chama-se Mais Cinema.

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  2. Agora, vamos ao segundo comentário...rs....
    Adorei o tema...falando em pinturas rupestres e Picasso, Jung talvez explicasse bem isso, com a sua teoria dos arquétipos, ahn?
    Me avisa quando sair o documentário, gostaria muito de ver!

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    1. ... e este também , sem resposta... :( Hoje vim ver quando comecei. E descobri riquezas que não percebi... a comemorar com vc! O documentário talvez já estivesse no ar quando escrevi. Sim Jung fala disso muito bem. Adoro essas cavernas e suas artes.

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  3. Viche, Léa. Queria essa imagem em tamanho menor, ou um recorte dela. Ainda faço isso.

    Obrigada pela visita e pela força!!!!! que seus olhos coloridos possam estar sempre perto de mim! bjssss

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  4. Curioso é que as pinturas em cavernas escuras foram feitas com tanta perfeição... Sem que haja marcas de tochas ou qualquer artifício que iluminasse o local. Os indigenas explicam isso dizendo que são pinturas feitas durante sonhos... Achei a explicação muito lógica... daí os temas se repetirem em diversos tempos diferentes... a fonte do sonho é a mesma

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    1. Henriete, sem resposta. Desculpe-me. Acredito que eles tivessem fogo e tochas sim. Foram muito dirigidos por intenções. Não acredito em sonhos... mas pode ser, né mesmo?

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  5. No Rio Grande do Norte há inscrições rupestres na face de certas pedras, isso eu sabia antes de ir pra lá. Mas comprei camisetas enfeitadas com as inscrições e ao perguntar sobre as figuras, eles respondiam que tinham sido feitos pelos antigos mas nem sequer sabiam de que região foram copiados. A região do Seridó: infelizmente ninguém vai até lá e as inscrições estão sendo vandalizadas e o único que tentou copiar tudo em cadernos comuns foi ridicularizado pelo Smithsonian como farsante. O Museu Camara Cascudo onde há o restante do material coletado por esse estudioso chamado Ladislau Neto infelizmente estava fechado para reformas. Espero que o material da exposição permaneça em bom estado para podermos ver pelo menos no Museu aquilo que ninguém sabe que existe por lá...

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    1. Henriete, infelizmente ao longo dos anos, esse repertório riquíssimo brasileiro não tem recebido a atenção que merece. Uma especialista francesa tocou o projeto com ajuda do governo ou instituições francesas. Hoje não sei. Obrigada pela presença. Bjs

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