sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DANDO SENTIDO À VIDA

Qual é a relação entre mitologia e astrologia? e dessa relação com nossas vidas?
 
No livro Astrologia Viva (Barcelona: Ediciones Obelisco, 2005), Barbara Shermer nos conta que os mistérios de Elêusis (rituais de iniciação ao culto de deusas agrícolas Deméter e Perséfone) funcionavam como uma vivência que poderia transportar os indivíduos a uma compreensão maior da vida. No nível mais explícito, eles significariam a morte e renascimento da natureza que alimenta a vida. 
 
No capítulo intitulado "A ASTROLOGIA E OS DEUSES" ela estabelece a relação desses ritos com a astrologia dizendo: "Os mistérios de Elêusis representavam a experiência morte-renascimento que os astrólogos reconhecem como o processo do arquétipo de Plutão na psique individual. Os arquétipos e mitos astrológicos dos deuses e deusas se inspiram nas mesmas fontes. A mitologia contém as manifestações particulares dos arquétipos em seus diferentes padrões. A astrologia incorpora dez destes arquétipos essenciais (e muitos mais) em uma linguagem para sua compreensão."    
 
Ainda segundo a autora, esse acontecimento ritual promovia uma comunhão e representação do mito que "ressoava com uma verdade que estava mais além da fronteiras culturais" e "proporcionava aos fiéis eleusinos uma experiência cósmica. Se os arquétipos astrológicos surgem dos mesmos reinos profundos e inconscientes da mente como deuses e deusas, então dar vida aos símbolos astrológicos deveria proporcionar o mesmo tipo de comunhão.
Se, por exemplo, aprendemos a expressar ativamente nosso Plutão, dando a ele vida conscientemente, então já não negamos ou reprimimos seu poder e assim podemos evitar as costumeiras explosões de emoção ou conflito que o caracterizam.
Ao encarnar a verdade simbólica deste planeta aprendemos a utilizar nosso próprio Plutão de uma forma mais consciente: penetrando em seu poder, transformando-o e assimilando-o."
 
Barbara Schermer sugere que nesse caso os planetas deixam de ser imagens mentais isoladas e passam a ser experimentados como ritmos vitais que revelam sentimentos subconscientes mais profundos e aspectos do ser não anteriormente expressados.
 
Daí que "O mapa deixa de ser então uma coleção de dados estáticos em branco e preto, unidimensional, com símbolos e signos inanimados e se converte em um campo em movimento de ação planetária: vibrante, interativo e vivo!"  
 
É isso. A relação entre mitologia e astrologia pode nos fazer ir mais além do nível explícito da vida material.
Ela nos abre a possibilidade de um significado maior em nossa experiência se tivermos uma postura de compromisso própria a um ritual ao entrarmos em contato com os símbolos do mapa astrológico.
Cabe a nós darmos abertura para essa possibilidade na intenção de dar mais sentido à vida.
      
(nossa tradução do texto em espanhol)  
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário