quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

RAZÕES PARA MORRER

Brittany Maynard, uma mulher jovem, recém- casada e bonita, apareceu na mídia por causa de sua decisão de se submeter a um suicídio assistido em razão de um câncer agressivo no cérebro. Isso gerou por aqui e em outros países debates a respeito de ética médica, de questões judiciais e religiosas.

O que chama a atenção é a idade em que se deu essa decisão na vida de Brittany, nascida a 19 de novembro de 1984, em Anaheim na Califórnia. No dia primeiro de novembro, poucos antes de completar trinta anos, ela deu fim a sua vida, rodeada de amigos com um coquetel de barbitúricos com prescrição médica.

Estava no final de seu Retorno de Saturno (outubro de 2013-novembro de 2014). Qual era seu desejo? Morrer com dignidade, já que não lhe sobrava muita alternativa de acordo com o diagnóstico médico, além da continuidade de dores insuportáveis em direção à morte.

Partiu em busca das circunstâncias adequadas a esse desejo, na fase do retorno de Saturno que é uma tarefa a ser cumprida e um exercício de autoridade em nossa vida. Ela conhecia suas limitações e tinha um senso de realidade (Vênus e Júpiter em Capricórnio). Ela sabia que tinha compromisso com o social a sua volta (Lua em Libra e Marte em Aquário).

Mas, para Brittany, tomar essa decisão talvez não tenha sido tão difícil mesmo tendo que romper com as expectativas mais simples da natureza humana que é viver:   Sol em conjunção com Saturno em Escorpião e em conjunção exata com a Cauda do Dragão. Decidir pela morte pode ter dado nova direção a sua existência, um sentido às aspirações de sua alma. Foi uma decisão com a força de sua inteligência brilhante e visão mais ampla dos desígnios da vida (Mercúrio em conjunção com Urano em Sagitário).

Talvez ela tenha contado com outro trânsito importante para essa decisão (além do Retorno de Saturno): o quadrado de Plutão/ Urano em trânsito no seu quadrado natal Lua-Libra/Júpiter-Vênus Capricórnio. Esse conjunto pode ter  assoprado no ouvido de Brittany a existência de outros limites imponderáveis de liberdade depois desse contato com uma realidade incontornável.  Junte-se a isso um chamado da alma, uma intimidade solitária e responsável sendo mobilizada.

Em suas últimas palavras, ela professa o único sonho que lhe cabe, pensando em outras pessoas em situação parecida à dela. Manifesta então uma noção dura da existência colorida por uma visão idealista e nobre.

Por amor, um tipo em que entra Vênus/Júpiter em Capricórnio e os desígnios dos outros signos de seu mapa natal, ela diz: “My dream is that every terminally ill American has access to the choice to die on their own terms with dignity. Please take an active role to make this a reality.” – Brittany Maynard, October 24, 2014






2 comentários:

  1. Foi ela que tomou esta decisão o seu destino estava escrito no seu mapa astral?

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  2. Suzana, essa dúvida acompanha o astrólogo sempre. Difícil decidir. E não temos alternativas para análise porque vivemos uma vez só. Imagino que uma boa hipótese é que se formos ou fizermos algo de acordo com nossa alma (vocação, mapa) estaremos vivendo o que temos que viver, ou seja, nosso destino. Uma sensação de satisfação (ou algo do gênero) talvez nos acompanhe ao chegarmos a esse ponto de equilíbrio entre decisão pessoal e destino. Será? O que vc acha?

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