A astrologia nos traz
informações importantes para compreender os eclipses, fenômenos astronômicos
que não são tão raros como imaginamos. Qual é o significado que eles têm?
Robert Hand nos traz dados para pensarmos a questão.
Os eclipses: significados
e duração
Ente os antigos
egípcios, os chineses e tantas outras culturas, os eclipses eram vistos como eventos
dramáticos e misteriosos. Sem explicação para esses fenômenos, os seres
humanos só podiam se perceber frágeis perante forças incontroláveis.
Hoje em dia, temos explicações racionais e científicas. Além
disso, o conhecimento astrológico nos traz informações de outra ordem. Os
eclipses têm impacto do ponto de vista mundial (coletivo) e também pessoal
(individual). Este nível pessoal é o que me interessa neste momento. Seus
significados mais comumente aceitos são de desaparecimento e/ou perda de algo
na área afetada pelo eclipse. Pode também ser percebido como elemento de ênfase
em pontos já aspectados por outros planetas. Eles funcionariam, nesse último
caso, como disparadores de efeitos possíveis nos aspectos sensíveis do mapa na
época do fenômeno.
Mas, outra possibilidade menos comentada seria interpretar o
eclipse como uma janela ou intervalo de oportunidade. Um tempo de interrupção
em certa ordem de acontecimentos para a revelação de outras. Uma abertura para mudanças
de perspectiva.
O cinema já aproveitou o eclipse como uma oportunidade
especial em um filme, Feitiço de Áquila de 1985, que nos traz a história de uma maldição que afasta um casal de amantes.
Enquanto ela, durante o dia, se transforma em um falcão, ele toma a forma de um
lobo negro à noite. Momento mágico é aquele em que dentro do perído de um
eclipse, eles podem enfim se encontrar. Essa é a simbologia de um desvão de
tempo.
Essa janela de
tempo é oportunidade especial e o mapa astrológico nos diz em que áreas da
experiência podemos aproveitá-la.
Os eclipses devem
ser observados como um ciclo em que há aproximação e afastamento, pois se trata
de um tipo de trânsito. Por isso, há um tempo de influência do fenômeno . Nesse
caso, ele pode chegar a seis meses: uns dois ou três meses antes, enquanto o
desenho se constrói, e mais dois ou três para diluir seus efeitos enquanto se
desmancha a energia do evento. A energia se acumula e depois que acontece necessita
de tempo para desfazer a força do aspecto.
Esse movimento
também pode ser percebido como um ciclo temporal em que uma experiência se
desenrola. Sob este aspecto é importante observarmos os acontecimentos com uma
lente flexível para podermos pontuar o que é realmente relacionado ao eclipse e
o ponto de nosso mapa natal em que ele se posiciona. Poderá ser ao longo do
tempo em que o eclipse atua (alguns meses antes e depois) e não necessariamente
no dia ou semana em que ele se torna efetivo astronomicamente. É necessário
cuidado para avaliar que experiência de vida está sendo acionada pelo evento
astrológico, pois em geral temos vários deles acontecendo ao mesmo tempo no mapa
natal.
Quanto ao tempo
de ocorrência, vejamos o que Robert Hand nos diz a esse respeito.
Em seu livro
Planetas em Trânsito (Gloucester: Para Research, 1976. pág. 32) ele explica: “
Eu não me incluo entre aqueles que acreditam que um eclipse pode ter um grande
efeito anos depois, a menos que ele tenha sido reforçado por mais recentes
eventos de trânsito. Estranhamente, o trânsito disparador às vezes precede (o
sublinhado é do Robert Hand) o eclipse por um par de meses. Isto pode parecer à
primeira vista peculiar, até que percebamos que um eclipse indica o
encerramento de um ciclo maior entre o sol e a lua e que esse ciclo ocorre o
tempo todo e não apenas quando o sol e a lua eclipsam um ao outro. ”
Eles devem ser
observados com atenção na oposição e na conjunção de aspectos do mapa
astrológico a serem analisados. Seus efeitos serão mais intensos quanto mais
exata for a órbita. Em 2015 tivemos três. Este ano teremos mais dois além dos
dois deste quente mês de março (dias 8 e 23). E em 2017, teremos mais quatro.
Uma observação
final. Howard Leslie Cornell, no livro Encyclopaedia of Medical Astrology (1972,
p. 193) nos diz que “o efeito de um eclipse do Sol dura um ano para cada hora que
o sol é eclipsado e um mês para cada hora que a lua é eclipsada.” Robert Hand
não concorda com tal possibilidade. Porém, somos livres para observações e
pesquisa a respeito do assunto.
Quem se habilita?
Para mais
informações a respeito de eclipses, entre no link http://coisasdoimaginario.blogspot.com.br/2015/10/eclipses-uma-outra-perspectiva.html
Muito bom o texto! Gratidão! E quando diz que: "Seus significados mais comumente aceitos são de desaparecimento e/ou perda de algo na área afetada pelo eclipse", onde está dizendo no meu mapa astral a área afetada? É de acordo com os dias específicos do eclipse e sua relação com a minha lua natal? Grato!
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