sexta-feira, 17 de junho de 2016

QUEM LÊ EDITORIAL DE REVISTA?


Editorial de revista? Em geral as pessoas passam ao largo dele e vão logo ao que interessa no corpo da revista. Os editoriais de jornais ainda interessam mais, pois mostram a opinião a respeito de algum assunto do momento.

Em revistas, o editorial pode ter funções diferentes. Além desse caráter opinativo que o editorial ganha nos jornais, os editoriais podem ter outras funções. Apresentam em geral algo da linha editorial da revista e descrevem em poucas palavras os assuntos daquela edição. Podem receber outros nomes como Carta ao leitor.


Convidam à leitura. Seduzem de certa forma, para um ou outro aspecto de artigos ou reportagem. Ou seja, é local importante para o leitor visitar antes de entrar no miolo das páginas. Mas, pode ser surpreendente chegar aos conteúdos depois de passar pelo editorial, pois ele pode ser de outro tipo, ousando e inventando outra maneira de ser mais literária, mais interessante.

Isso tem acontecido comigo em relação ao editorial da Revista dos Vegetarianos, pela maneira como os textos são escritos mês a mês. Uma revista para vegetarianos? Sim, mas não somente.

E seu editorial traz com total liberdade (e muita poesia) a natureza, experiências e reflexões sobre o ser na vida. Ao falar isto, tomo o cuidado para não restringir a dimensão da abordagem dos textos. Viaje com o que eu copio aqui. Leia a seguir o texto do editor Marco Clivati.  

A GRANDE AVENTURA (Editorial da Revista dos Vegetarianos – Junho 2016)

A vida segura, sem riscos, é monótona, sem sal. Seguir preso à rotina, caminhar de acordo com padrões, crenças, oprime a alma. Transforma o tempo em mera mercadoria sem valor. Aprisiona a aventura do verdadeiro viver. Ricos de alma são os bem-aventurados, aqueles que mergulham no inexplorado, cruzam os oceanos do próprio ser. Seres preciosos que navegam com o coração sem julgamentos. Sem expectativas do próximo passo, reverenciam o novo. Almas que se atiram ao vento em busca do sagrado. Nessa aventura, o silêncio revela os segredos do caminho e o corpo detém as chaves da embarcação. Somente com uma alma leve, pacífica, é possível navegar lado a lado com o sagrado. Para mergulhar nessa aventura, é necessário um corpo sadio, um coração puro e uma boa dose de coragem. A mais intensa e fantástica aventura da vida é poder viajar por mares desconhecidos, explorar paisagens nunca vistas antes, saborear ares virgens. E posso garantir para você que essa viagem não é feita de avião, de carro, nem a pé. Essa poderosa e transformadora viagem acontece ao caminhar em direção à sua essência, desvendando o seu verdadeiro e desconhecido ser. Uma viagem que só acontece aqui e agora. Aventure-se!

Marco Clivati

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