terça-feira, 21 de junho de 2011

TENSÃO ENTRE DISCIPLINA E CAOS



Wolfgang Rihm (1952), compositor alemão, escreveu a peça Ernst Gesange em que, homenageando Brahms, faz alusões à sua obra. Ele mescla a preocupação formal, marca de Brahms, e o caos, característica da escrita de Rihm, diz a entrevista em jornal da grande mídia.

Na entrevista, o compositor ainda diz: A oposição entre caos e disciplina é o que me interessa. " É o ponto em que a arte pode surgir./.../Como artista, você precisa da disciplina para transformar o caos em algo consistente. Mas para que sua disciplina tenha algum poder, não é possível prescindir do caos."

Para ele, o caos o rodeia e ele se sente, "como diziam os gregos", em um espaço livre no meio dele. "É aqui que você trabalha", sem dar um passo fora, em um clima de tensão. É esse equilíbrio que gera a arte.   

Muitas vezes me perguntei a respeito do trabalho do artista. Estudo e técnica ou ciratividade?  A criatividade seria o caos, de onde pode acontecer a idéia nova.  Essa colocação de Rihm alivia algumas de minhas dúvidas. Mas, não todas.  

2 comentários:

  1. Ana, parabéns pelo blog, está muito bonito visualmente e com conteúdo delicioso de se ler, eu que como vc, sou apreciadora das artes.Visitarei sempre! Beijos.Denise

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  2. Que bom que a colocação do autor não te deixa tão tranquila, porque afinal, a arte somente se realiza quando passa pelo olhar do expectador.E aí acontece outra questão: a diferença entre ver e ter um olhar sobre a obra de arte.Essa discussão vai longe...rs....

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