quinta-feira, 11 de junho de 2015

O MAPA NATAL DE VIVIAN MAIER, A FOTÓGRAFA-BABÁ

O que diz o mapa natal dessa mulher que foi babá por cerca de quarenta anos e ainda realizou uma obra imensa de fotografias de alta qualidade? Sua obra foi descoberta por John Maloof em uma pesquisa que ele realizava sobre Chicago. Descobriu caixas de negativos e outras pistas que o levaram à autora das fotos. Fez um documentário em 2013 (A fotografia oculta de Vivian Maier /Finding Vician Maier), em que entrevista as pessoas de quem Vivian Maier cuidou como babá, e que o ajudaram a recompor os passos da vida dela. Tais informações nos permitem observar o mapa natal da fotógrafa, pelo menos, em alguns de seus aspectos.

O MAPA NATAL 



Vivian Maier nasceu em Nova York, a 01 de fevereiro de 1926 de mãe francesa e pai austro-húngaro, que abandonou a família quando ela tinha quatro anos de idade.Como não temos a hora de seu nascimento, o mapa foi levantado para as doze horas. Morreu em 2009. 

Com quatro planetas em Aquário, (Sol, Mercúrio, Vênus e Júpiter) podemos entender que ela tivesse tido dificuldade de formar família ou que tivesse optado por não ter filhos. Vínculos de uma forma geral não é fácil para o temperamento aquariano. Além disso, sua Lua em Virgem (ela transita do grau 17 a 29 no dia de seu nascimento), possivelmente está em aspecto de oposição a Urano (23 de Peixes). Tal posicionamento marcaria ainda mais a dificuldade nos relacionamentos sendo de se esperar também uma certa rudeza que é citada no documentário em que ela não é poupada, surgindo em sua humanidade, com defeitos e manias. Ela é qualificada como “intransigente” (radical como o signo fixo aquário?) e “às vezes cruel” (um sinal da visão crua ou “prática” do aquariano?). 

Por outro lado, o lado aquariano e uraniano pode ter lhe dado as qualidades necessárias para ser fotógrafa. Há intuição e velocidade mental (Aquário e Urano) e a facilidade para visualização de imagens. Sabe-se que ela tinha talento para bom enquadramento e utilização adequada da luz, sendo comparada a grandes fotógrafos.   

A Lua em Virgem poderia explicar a mania para colecionar jornais, recortes de forma compulsiva, quase maníaca, tendo até se transformado em problema a certa altura de sua vida. Mas, foram os papéis, tickets ingressos, recibos de compras e pagamentos guardados que permitiram a recomposição de seus passos. Caixas e mais caixas de tudo. Ela teria perdido a noção de limites?

Talvez sim, mas como ter limites se ela tinha Sol em conjunção a Júpiter em signo de Ar? Essa conjunção também a teria levado por viagens a muitos lugares pelo mundo, entre os quais Canadá, Filipinas, Índia, Iêmen, sul da Europa, América Central e do Sul, utilizando na maioria desses deslocamentos o valor recebido como herança de família na França. Ou seja, seu desejo de abarcar o mundo foi expressada assim como outros aspectos sagitarianos: “infinitamente curiosa” e “brincalhona”.

Mas, o dado que chama nossa atenção é a privacidade de seu mundo. Sem nenhum alarde, em silêncio, como uma boa virginiana, ela fez seu trabalho sem a necessidade de público e de reconhecimento. O enigma de sua vida discreta pode ser em parte explicado pela Lua em Virgem. Mas há mais. Ela também utilizava de nomes falsos nos lugares de comércio ou em lavanderias. Estranho gosto de se esconder mesmo em situações assim rotineiras, possivelmente uma preferência aquariana de anulação do subjetivo. Mesmo que houvesse outra motivação, essa postura de anonimato intencional estava bem adequada ao depoimento que a descrevia assim: “Era alguém bastante livre que gostava de estar à margem e que viveu a vida que quis viver ”. Ou seja, ela tinha arbítrio para viver sua liberdade  com a privacidade que lhe daria o conforto necessário, seja qual fosse o motivo para essa escolha.

Ela tinha uma força pessoal incrível, uma identidade do tamanho da conjução do Sol/Júpiter. Ela não dependeu de estímulos externos tais como patrocínio ou reconhecimento de seu imenso trabalho que inclui 100.000 a 150.000 negativos, em centenas de rolos de filme, filmes caseiros, entrevistas de fita de áudio e vários outros itens. Uma vocação ou talvez uma energia a impulsionava: sua identidade, ou melhor, seu Sol.

As fotos são o elemento intermediário que nos conta qual foi o mundo que ela testemunhou e viveu. Sua obra flagra as ruas das cidades por onde andou, Nova York, Los Angeles e Chicago, sua arquitetura e população, em meio a dores, angústias, delicadeza, constrangimento, surpresa, humor e beleza. As fotos indicam uma observação atenta de aquariano sobre as possibilidades de experiência da coletividade humana. Um mundo de grandeza e generosidade. Temos um paradoxo nessa biografia que indica um anonimato pessoal (discrição virginiana) e uma intensa participação no mundo (o amor aquariano à humanidade).

Por isso tudo, “Ela estava mesmo à frente de seu tempo”: essa frase elogiosa que não é original em relação ao signo de Aquário faz jus, com certeza, à biografia de Vivian Maier.

Mais informações a respeito de Vivian Maier no link : http://coisasdoimaginario.blogspot.com.br/2015/06/o-mundo-da-fotografa-baba-vivian-maier.html   

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