A cada página temos motivos para parar e reler. São reflexões ricas que nos fazem observar a experiência de vida.
No trecho a seguir, Adriano está descrevendo seu contato com Leotíquides em um curso de medicina em Atenas.
Diz: "Leotiquides tomava as coisas do ponto de vista mais positivo: elaborara um admirável sistema de redução de fraturas. Quando ao entardecer, caminhávamos à beira-mar, esse homem universal se interessava pela estrutura das conchas e pela composição do lodo marinho. Carecia entretanto, dos meios de experimentação, e ressentia-se da falta dos laboratórios e das salas de dissecação do Museu de Alexandria que frequentara na juventude, do choque das opiniões e da proveitosa concorrência dos homens. Espírito positivo, ensinou-me a preferir as coisas às palavras, a desconfiar das fórmulas, a observar mais do que julgar, esse Grego amargo ensinou-me o método. "
É o momento mágico em que se forma o espírito em aprendizagem e contato com o mestre.
Reli várias vezes para captar o momento em que Adriano passa do simples relato para o salto em sua experiência pessoal.
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