sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O MELHOR FOI O BIS

                     

Ontem, conheci um compositor austro-húngaro chamado Korngold (acima), compositor aos nove anos, que foi para a América em 1936 e compôs para cinema. Nunca foi perdoado por seus pares que o criticaram sempre por causa disso. Entretanto, fez sucesso de público e escreveu  um concerto lindo, tocado pelo violino do francês Renaud Capuçon : Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 35 (1945).

Essa primeira parte do programa mereceu um bis do violinista. Então, ele solou (sem a orquestra) um tema de Gluck. Era uma melodia plangente, doce de fazer a respiração parar para ouvir melhor. O bonito músico tocou com toda a alma. Foi um momento de suspensão do corpo. Todos na enorme sala convergiram para aquela pessoa e se emocionaram com a expressão de seu som.

Na segunda parte, foi a vez de Prokofiev (ao lado), que não quis ser o segundo russo em Paris (onde havia Stravinsky) e nem na América (onde havia Rachmaninov). Foi para sua pátria e se submeteu ao governo da época e toda uma sorte de humilhações e frustrações. 

Mesmo assim, soube falar da alma soviética, vicissitudes do povo e de sua condição humana.  A maestrina Marin Alsop, se esmerou tanto que também teve que apresentar com a orquestra um bis. Ouvimos, então, uma peça de Edu Lobo, em arranjo especial, com uma série de solos de vários instrumentos e em ritmo bem brasileiro. Que Marin Alsop anunciou em português. 

Claro que gostei do programa prometido e realizado. Mas pela primeira vez, me agradaram mais ainda os dois números extras, não esperados.  Pela delicadeza do primeiro (abaixo, o bonitão)e pela vibração da orquestra e da maestrina no segundo.   

                                                                 

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