quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O DOM DA INSPIRAÇÃO

Imagino que deva existir um dom chamado inspiração que, uma vez acionado, nos permite fazer o que quer que nos tenhamos proposto.

Por outro lado, já ouvi muitas vezes que aquilo que imaginamos ter sido criado num minutinho, com a maior facilidade, na realidade é fruto de muita transpiração e só um tiquinho de inspiração.  Não sei.

Só sei que, ficar frente a uma folha em branco, que na realidade não é mais uma folha e sim uma tela em branco, é assustador.   Nesse momento nos damos conta que a nossa mente é um turbilhão de ideias desconectadas umas das outras e que, se não tivermos algum método, nenhuma delas vai pular para o papel.

Ainda outro dia li uma entrevista do Antonio Prata, cronista dos mais renomados, em que ele comenta que, para escrever uma crônica, demora dois dias.  Entre organizar as ideias, ajustar, ajustar, ajustar, e dar o trabalho por concluído.  Dois dias! 

E eu aqui querendo escrever algo interessante, bem feito e divertido em apenas 15 minutos.  Quem eu penso que sou?  Algum gênio da escrita, um psicógrafo ou a reencarnação de algum escritor renomado?  Nada disso, sou apenas um alguém qualquer tentando fazer alguma coisa bacana que não dê muito trabalho.  E, naturalmente, esperando um ótimo resultado.


Esquece, não é mesmo?  O jeito é tratar de arregaçar as mangas e começar a colocar as ideias no papel.  E torcer para que elas se aprumem e formem sentenças, depois parágrafos e, enfim, uma história que não me faça passar vexame.

Autor: Luiza Bueno - Agente de Turismo

Esta crônica foi produzida durante o curso "A Crônica: conhecendo e escrevendo. Cotidiano, experiência e criação" no espaço Gaia Cultural em São Paulo/SP, durante os meses de Maio e Junho de 2014.

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