quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DE LEITURAS E DE LUCIDEZ

Veríssimo diz na coluna do Estadão, no dia 28/09: "Na Renascença ninguém disse "Oba, estamos na Renascença!". Vivemos para a frente, mas entendemos  para trás e só sabemos o que nos aconteceu "lendo" o passado. E, ás vezes, lendo errado."
 
E ele nos oferece exemplos de enganos. Nos anos vinte, pós ressaca da primeira guerra, nasceu o fascismo. Nos anos 50, aparentemente sem graça, nasceram filosofias e movimentos de arte e o rockenrol. Nos anos 60 e 70, jovens faziam sua revolução particular e o conservadorismo tomava o poder. 
 
O escritor, então, nos pergunta:"Quando fizerem a leitura da época atual, qual será a conclusão errada?"
 
Não é fácil aceitar isso. Ele já parte de que erraremos na interpretação dos fatos.
 
Sim, nos enganamos na compreensão de nossa época, de nosso contexto.   
 
Nos enganamos de várias formas nas leituras de tudo. 
E ainda concordando com ele, possamos nos perguntar também, por que motivo nos enganamos? 
 
Ou, em caso de mais humildade de nossa parte: temos esperança de alguma lucidez?
 

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